Música: O Aliado Surpreendente da Saúde e do Bem-Estar
- Marcio Scialis

- 5 de set.
- 2 min de leitura

A música está em toda parte. Ela nos acompanha desde o berço até o fim da vida, e agora a ciência está desvendando seu poder como uma ferramenta de bem-estar. Longe de ser apenas entretenimento, a música mostra ser uma intervenção poderosa capaz de impactar nossa saúde física e mental.
O artigo indicado neste post destaca que a música pode ser um complemento eficaz e de baixo custo para tratamentos médicos, atuando em diversos níveis:
Da Infância à Terceira Idade: Um Apoio para a Vida Inteira
Desde os primeiros dias, a música fortalece laços. Cantar para bebês, por exemplo, melhora a interação entre mãe e filho, reduzindo o estresse. E os benefícios não param por aí: estudos mostram que a música pode diminuir a ansiedade e a agitação em idosos com demência senil, oferecendo uma forma de alívio e conforto.
Musicoterapia e o Cérebro: Além das Palavras
A musicoterapia, estabelecida como profissão após a Segunda Guerra Mundial, é uma das formas mais estruturadas de intervenção musical. Ela é especialmente eficaz para pessoas que têm dificuldade de se expressar verbalmente, como pacientes com deficiências de comunicação ou transtornos mentais. Em um ambiente terapêutico, a música se torna uma linguagem, ajudando a liberar emoções e a construir conexões.
A pesquisa aponta que a musicoterapia, isolada ou combinada com outros tratamentos, é mais eficaz do que a psicoterapia verbal, o relaxamento padrão e até mesmo o tratamento nulo para a redução de sintomas de depressão, ansiedade e esquizofrenia.
Música e o Sistema Imunológico: Uma Conexão Inesperada
Um dos achados mais notáveis é a ligação entre a música e o sistema imunológico. O estresse crônico pode enfraquecer nossas defesas, mas a música se mostra como um aliado. Estudos mostram que a música tem o potencial de reduzir hormônios do estresse, como o cortisol, e aumentar a imunoglobulina A (s-IgA), uma defesa essencial contra infecções.
E aqui está a grande surpresa: a participação ativa (tocar um instrumento ou cantar) teve um efeito ainda mais significativo no sistema imunológico do que apenas ouvir música. Isso sugere que o envolvimento físico e mental na criação musical é um fator-chave para o bem-estar.
A ciência continua a revelar as múltiplas facetas da música, confirmando o que muitas culturas já sabiam: o som é uma força poderosa de cura. A pesquisa nos mostra que a música, em suas diversas formas, pode ser uma ferramenta valiosa e acessível para a saúde de todos.
Artigo Científico
Department of Psychological Medicine, Institute of Psychiatry, Psychology & Neuroscience, King's College London, London, UK
Confira o artigo na íntegra: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2666354621001770
.png)


Comentários