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Pesquisas
Aqui você pode colher informações sobre diversos assuntos relacionados ao som. Bons estudos!
O Som
O som é um fenômeno físico e sensorial que consiste em uma onda mecânica longitudinal que se propaga através de um meio elástico (sólido, líquido ou gasoso). Essa propagação ocorre por meio de variações de pressão, densidade e deslocamento de partículas, geradas por uma fonte vibratória.
Do ponto de vista físico, o som é caracterizado por quatro propriedades mensuráveis:
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Frequência (Hz): Determina a altura do som (grave ou agudo). É o número de ciclos de compressão e rarefação da onda por segundo.
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Amplitude (dB): Determina a intensidade ou volume do som. Corresponde à magnitude da variação de pressão da onda. ilidade: A percepção da duração do som no tempo.
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Timbre: A qualidade única do som que nos permite distinguir a fonte sonora, mesmo quando a frequência e a intensidade são as mesmas. É determinado pela forma da onda e pela combinação de frequências harmônicas.
Do ponto de vista biológico e psicológico, o som é a percepção dessas ondas mecânicas pelo sistema auditivo de um ser vivo. No ser humano, as ondas sonoras são captadas pelo ouvido, convertidas em sinais nervosos e processadas pelo cérebro, que as interpreta como sons. A gama de frequências audíveis para o ser humano situa-se, em média, entre 20 Hz e 20.000 Hz.
Em síntese, o som é duplamente definido: como a onda física que se propaga em um meio e como a sensação auditiva que essa onda produz.
Nota Musical
A nota musical é um conceito que se manifesta em duas dimensões principais, uma física e outra perceptual, ambas interligadas em estudos e pesquisas científicas.
1. Dimensão Física e Acústica
A nota musical é a representação simbólica da frequência fundamental de uma onda sonora. Em termos físicos, uma nota corresponde a uma vibração periódica cuja frequência é constante e mensurável em Hertz (Hz). A altura da nota é diretamente proporcional à sua frequência; quanto maior a frequência, mais aguda é a nota. Por exemplo, a nota Lá (A4) no diapasão padrão é definida como tendo uma frequência fundamental de 440 Hz. A percepção humana de uma nota está, portanto, intrinsecamente ligada à capacidade do sistema auditivo e do cérebro de processar essa frequência específica e de distingui-la de outras frequências.
2. Dimensão Perceptual e Cognitiva
Do ponto de vista cognitivo e perceptual, a nota musical é uma unidade discreta e categorizada de altura sonora utilizada em contextos musicais. Em oposição ao contínuo de frequências do som, a nota é uma abstração culturalmente construída, que permite a organização e a comunicação de ideias musicais. A percepção de que duas frequências, como 220 Hz e 440 Hz, representam a mesma nota (Lá) em oitavas diferentes é um fenômeno perceptual conhecido como equivalência de oitava, que é um dos pilares da organização musical.
Estudos em neurociência da música demonstram que o cérebro processa as notas de maneira hierárquica e categórica, utilizando áreas como o córtex auditivo primário e o córtex pré-frontal. O aprendizado musical e a exposição a diferentes sistemas tonais (como o ocidental, com 12 notas por oitava) moldam a maneira como o cérebro categoriza e percebe as notas, influenciando a memória musical e o reconhecimento melódico.
Em suma, a nota musical é um conceito bi-unívoco: é uma frequência física e uma categoria cognitiva que permite a estruturação da música, funcionando como um bloco de construção fundamental tanto na ciência da acústica quanto na percepção humana.
Ondas Sonoras
As ondas sonoras constituem um fenômeno físico caracterizado como uma onda mecânica longitudinal, que se propaga através de um meio elástico (gás, líquido ou sólido). Essa propagação não envolve o transporte de matéria, mas sim de energia, por meio de sucessivas compressões e rarefações das partículas do meio. As principais propriedades que as definem são:
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Frequência (f): Expressa em Hertz (Hz), determina a altura do som (agudo ou grave). Corresponde ao número de ciclos completos de compressão e rarefação por unidade de tempo.
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Comprimento de Onda (λ): A distância entre dois pontos consecutivos da onda que estão na mesma fase, como o pico de duas compressões. É inversamente proporcional à frequência.
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Amplitude (A): Determina a intensidade ou volume do som. Corresponde à magnitude máxima do deslocamento das partículas do meio em relação à sua posição de repouso.
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Velocidade de Propagação (v): A velocidade com que a onda se move pelo meio. Varia de acordo com a densidade e elasticidade do material, sendo maior em sólidos do que em líquidos e gases.
O som é um conceito com uma dupla definição, abrangendo tanto a física quanto a percepção.
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Dimensão Física: O som é a onda mecânica descrita anteriormente. É a vibração do meio que pode ser medida e analisada por meio de instrumentos científicos.
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Dimensão Perceptual: O som é a sensação auditiva gerada no sistema nervoso de um ser vivo a partir da captação dessas ondas. O ouvido humano converte as variações de pressão da onda sonora em impulsos nervosos que são interpretados pelo cérebro como diferentes qualidades sonoras, como altura (frequência), intensidade (amplitude) e timbre (complexidade da onda).
Em suma, o som é a manifestação perceptual da energia transportada por uma onda sonora.
Ruído
O ruído é um tipo de som com características físicas e perceptuais que o distinguem do som musical.
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Dimensão Física: O ruído é definido como um som aperiódico ou irregular, que não possui uma frequência fundamental constante ou um padrão de onda definido. Ao contrário da onda sonora de uma nota musical, a forma de onda do ruído é caótica e aleatória, consistindo em uma mistura complexa de frequências.
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Dimensão Perceptual e Cognitiva: Do ponto de vista perceptual, o ruído é frequentemente interpretado como um som indesejado, desagradável ou irritante. A ausência de periodicidade e de um timbre claro torna difícil para o cérebro processá-lo e organizá-lo em uma estrutura musical. A exposição prolongada a ruídos de alta intensidade pode causar estresse, problemas de saúde e danos auditivos, sendo objeto de estudo em diversas áreas da psicoacústica e da saúde ocupacional.
Acústica
A acústica é o ramo da física que se dedica ao estudo da produção, propagação e recepção do som. É uma ciência interdisciplinar que explora a natureza das ondas mecânicas em meios sólidos, líquidos e gasosos, bem como a sua interação com as estruturas biológicas e o ambiente. Seus principais campos de estudo incluem:
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Acústica Física: Foca nas propriedades das ondas sonoras (frequência, amplitude, velocidade) e em fenômenos como ressonância, eco e reverberação.
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Acústica Fisiológica: Estuda o funcionamento do sistema auditivo, desde a captação das ondas sonoras pelo ouvido até a conversão em impulsos nervosos.
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Acústica Psicológica (Psicoacústica): Analisa a percepção humana do som, incluindo a forma como o cérebro interpreta a altura, o timbre, a intensidade e a localização dos sons.
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Acústica Arquitetônica: Concentra-se na maneira como o som se comporta em ambientes fechados e na aplicação de princípios para otimizar a qualidade sonora em espaços como salas de concerto e estúdios.
Audição
A audição é o processo biológico pelo qual o som é percebido. No sistema auditivo humano, esse processo é uma complexa conversão de energia mecânica em sinais elétricos que o cérebro pode interpretar. A audição é dividida em três etapas principais, que ocorrem nas diferentes partes do ouvido:
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Ouvido Externo: Captura e direciona as ondas sonoras para o canal auditivo, que as conduz até a membrana timpânica.
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Ouvido Médio: A membrana timpânica vibra em resposta às ondas sonoras. Essa vibração é transmitida e amplificada por três pequenos ossos (martelo, bigorna e estribo) até o ouvido interno.
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Ouvido Interno: Na cóclea, as vibrações mecânicas são convertidas em impulsos elétricos. Esses sinais são então enviados ao cérebro através do nervo auditivo, onde são processados e interpretados como sons.
Música
A música é uma forma de arte e uma manifestação cultural universal que se define pela organização de sons no tempo, utilizando elementos como melodia, harmonia, ritmo e timbre.
Do ponto de vista científico, a música é uma linguagem sonora que o cérebro humano tem uma capacidade inata de processar. Ela envolve a percepção e a cognição de padrões auditivos complexos, capazes de evocar fortes respostas emocionais, cognitivas e até fisiológicas. Diferente de um ruído aleatório, a música é caracterizada por sua estrutura, intencionalidade e significado culturalmente construído.
A música pode ser produzida por uma variedade de instrumentos e pela voz humana, e sua apreciação é um fenômeno psicofisiológico. Estudos em neurociência mostram que ouvir ou praticar música ativa múltiplas áreas do cérebro, incluindo as responsáveis pela emoção, memória, movimento e linguagem.
Em suma, a música transcende a simples combinação de sons. Ela é um sistema de comunicação não-verbal que nos conecta com nossas emoções, memórias e com o outro, sendo uma expressão fundamental da criatividade e da experiência humana.
Harmonia
A harmonia é o estudo da combinação de sons simultâneos, ou seja, de como as notas musicais soam quando tocadas ao mesmo tempo. É um dos elementos fundamentais da música e se baseia na percepção de relações agradáveis (consonância) ou tensas (dissonância) entre os sons.
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Consonância: Refere-se a combinações de notas que soam estáveis, agradáveis e resolvidas.
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Dissonância: Refere-se a combinações que soam instáveis, tensas e que geralmente exigem uma resolução para a consonância.
A harmonia, por meio de seus acordes e progressões, estabelece o contexto vertical e a estrutura emocional de uma peça musical.
Melodia
A melodia é a organização de notas musicais em uma sequência linear e sucessiva, que é percebida como uma unidade coerente e reconhecível. É a parte horizontal da música e a que geralmente nos permite identificar uma canção. A melodia é caracterizada por:
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Contorno: O padrão de subida e descida das notas.
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Intervalos: As distâncias de altura entre as notas consecutivas.
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Fraseado: A maneira como as notas são agrupadas para criar frases musicais, semelhantes às frases em uma linguagem falada.
A melodia tem uma forte ligação com a emoção e a memória musical, sendo um dos elementos mais intuitivos da música para a audição humana.
Ritmo
O ritmo é o elemento da música que organiza os sons no tempo. Ele se refere à sucessão de eventos sonoros e silêncios, com suas respectivas durações. É o que dá à música seu "movimento" e sua pulsação. Os principais conceitos relacionados ao ritmo incluem:
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Pulso (ou batida): Uma unidade de tempo regular e constante.
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Tempo: A velocidade do pulso (rápido ou lento).
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Métrica (ou compasso): A organização dos pulsos em grupos regulares e repetitivos.
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Sincopação: O deslocamento do acento rítmico para uma parte inesperada do compasso, criando um efeito de surpresa e interesse.
O ritmo é a base física e fisiológica da música, profundamente conectado ao movimento corporal e à biologia humana (batimentos cardíacos, respiração, etc.).
Instrumentos Musicais
Um instrumento musical é um objeto ou dispositivo construído ou adaptado com o propósito de produzir sons organizados, que podem ser usados para criar música. A fabricação e o uso de instrumentos musicais representam uma das formas mais antigas de expressão cultural, com registros que remontam a milhares de anos.
A classificação dos instrumentos musicais é essencial para o estudo da organologia (a ciência dos instrumentos musicais). A classificação mais completa e aceita globalmente é o sistema Hornbostel-Sachs, criado em 1914 por Erich von Hornbostel e Curt Sachs, que categoriza os instrumentos com base na maneira como eles produzem som.
Classificação Hornbostel-Sachs
O sistema divide os instrumentos em cinco categorias principais, cada uma com suas próprias subclassificações.
1. Idiofones
O som é produzido pela vibração do próprio corpo do instrumento, sem a necessidade de cordas, membranas ou colunas de ar.
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Idiofones de percussão: Vibram ao serem golpeados.
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Exemplos: marimba, xilofone, sinos, triângulo, castanholas.
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Idiofones de raspagem: Vibram ao serem raspados.
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Exemplos: reco-reco, güiro.
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Idiofones de agitação: Vibram ao serem agitados.
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Exemplos: maracas, chocalhos.
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Idiofones de sopro: Vibram pelo sopro de ar.
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Exemplos: órgãos de tubo que produzem som por jatos de ar contra lâminas.
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Idiofones de fricção: Vibram por fricção.
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Exemplos: serrote musical.
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Idiofones de pinça: Vibram quando uma de suas partes é pinçada ou dedilhada.
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Exemplos: berimbau, harpa de boca.
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2. Membranofones
O som é produzido pela vibração de uma membrana esticada.
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Tambores: A membrana é percutida por uma baqueta, pela mão ou por outro objeto.
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Tambores de golpe único: Uma membrana é golpeada.
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Exemplos: bumbo, surdo, caixa.
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Tambores de golpe múltiplo: Tambores que produzem diferentes tons.
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Exemplos: atabaque, conga.
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Tambores de fricção: A membrana é esfregada.
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Exemplo: cuíca.
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Tambores de corda: A vibração de uma corda é transmitida para a membrana.
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Exemplo: tabor.
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3. Cordofones
O som é produzido pela vibração de cordas esticadas. A classificação é feita pelo modo de vibração.
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Cordofones de fricção (arco): A vibração é gerada pela fricção de um arco nas cordas.
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Exemplos: violino, viola, violoncelo, contrabaixo.
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Cordofones de percussão: As cordas são golpeadas por martelos.
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Exemplos: piano, cravo.
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Cordofones de dedilhado: As cordas são dedilhadas com os dedos ou com palheta.
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Exemplos: violão, guitarra, baixo, harpa, alaúde, banjo.
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Cordofones de arco: A vibração é gerada por uma roda que gira e esfrega as cordas.
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Exemplo: sanfona.
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4. Aerofones
O som é produzido pela vibração de uma coluna de ar.
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Instrumentos de sopro: O ar é soprado pelo instrumentista.
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Aerofones de bico: O ar é direcionado por um bico ou embocadura para cortar a lâmina de ar.
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Exemplos: flauta doce, flauta transversal, pífaro.
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Aerofones de palheta: O ar faz vibrar uma ou duas palhetas.
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Palheta simples: saxofone, clarinete.
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Palheta dupla: oboé, fagote.
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Aerofones de bocal (metais): O som é gerado pela vibração dos lábios do instrumentista contra um bocal.
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Exemplos: trompete, trombone, trompa, tuba.
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Aerofones de corda: O ar é soprado contra uma corda.
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Exemplo: órgão eólico.
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Aerofones de fricção: O ar é friccionado por uma parte móvel.
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Exemplo: acordeão.
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5. Eletrofones
O som é produzido por meios elétricos ou eletrônicos. Esta categoria foi adicionada posteriormente, pois não existia quando o sistema original foi criado.
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Eletrofones mecânicos: Produzem o som por meios mecânicos (cordas, martelos) que são amplificados eletronicamente.
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Exemplos: guitarra elétrica, baixo elétrico, violino elétrico.
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Eletrofones eletromagnéticos: Geram o som a partir de um campo eletromagnético.
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Exemplos: teremim.
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Eletrofones digitais: Geram o som por meio de síntese digital ou amostragem.
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Exemplos: sintetizadores, samplers, pianos digitais.
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Essa classificação é a base para o estudo de instrumentos em museus, orquestras e instituições de pesquisa em todo o mundo.
A relação entre instrumentos musicais e seus países de origem reflete a história de cada cultura.
A seguir, uma lista com instrumentos musicais mais populares e seus respectivas regiões de origem, abrangendo diferentes partes do mundo:
Instrumentos Musicais: África
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Djembe: Mali
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Kora: Senegal, Mali e Guiné (região da Gâmbia)
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Balafon: Mali e Guiné
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Talking Drum: Nigéria e Gana
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Ngoni: Mali e Guiné
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Udu: Nigéria (povo Igbo)
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Kpanlogo: Gana
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Mbira (ou Sansa): Zimbábue (povo Shona)
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Shekere: Nigéria e Gana
Instrumentos Musicais: Américas
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Marimba: Guatemala e México (com raízes na África)
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Bombo Legüero: Argentina
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Cuatro: Venezuela
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Cajón: Peru
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Bandoneón: Alemanha (mas se popularizou na Argentina e no Uruguai, sendo essencial para o Tango)
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Bandolim: Itália (mas o estilo americano, como o Bluegrass, é uma vertente própria)
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Violão Caipira (ou Viola Caipira): Brasil
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Berimbau: Brasil (com raízes angolanas)
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Dulcimer: Estados Unidos (montanhas Apalaches)
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Piano: Itália
Instrumentos Musicais: Ásia
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Sitar: Índia
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Tabla: Índia
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Sarod: Índia e Afeganistão
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Guzheng: China
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Erhu: China
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Biwa: Japão
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Koto: Japão
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Shamisen: Japão
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Shakuhachi: Japão
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Sheng: China
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Duduk: Armênia
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Oud: Oriente Médio (com origem na região da Mesopotâmia)
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Kemence: Turquia
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Daf: Irã e Curdistão
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Tampura: Índia
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Sitar: Índia
Instrumentos Musicais: Europa
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Violino: Itália
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Violoncelo: Itália
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Contrabaixo: Itália
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Violão: Espanha
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Gaita de Fole (Bagpipes): Escócia (com origem mais antiga no Oriente Médio)
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Bandolim: Itália
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Acordeão: Alemanha
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Harpa Celta: Irlanda
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Uilleann Pipes: Irlanda
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Bodhrán: Irlanda
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Bandolim: Itália
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Concertina: Reino Unido e Alemanha
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Trompete: Egito Antigo (como trombeta) e Europa moderna (com chaves e pistos)
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Clarinete: Alemanha
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Oboé: França
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Fagote: Itália
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Trompa: Alemanha
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Flauta Transversal: Alemanha
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Sanfona (Diabólica): Espanha
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Txalaparta: País Basco (Espanha e França)
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Gaita Galega: Espanha (região da Galiza)
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Triângulo: Europa (provável origem na Turquia ou Oriente Médio)
Instrumentos Musicais: Oceania
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Didgeridoo: Austrália (povo aborígene)
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Ukulele: Havaí (com base no cavaquinho de Portugal
Estilos Musicais
A música é uma expressão universal que se manifesta de forma única em cada canto do planeta, moldada pela história, geografia e intercâmbio cultural. A seguir, uma relação de diversos estilos musicais e suas origens, organizados por regiões do planeta.
Estilos Musicais: África
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Afrobeat: Gana e Nigéria. Criado por Fela Kuti, mistura ritmos africanos com jazz, soul e funk, muitas vezes com letras politizadas.
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Highlife: Gana e Nigéria. Surgiu no início do século XX, combinando melodias tradicionais com a instrumentação de bandas de metais e a dança de salão ocidental.
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Soukous/Rumba Congolesa: República Democrática do Congo. Conhecido pelas linhas de guitarra cintilantes, ritmos complexos e vocais harmoniosos, é um dos principais estilos de música de dança do continente.
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Kwaito/Amapiano: África do Sul. Estilos de música eletrônica que surgiram após o fim do apartheid, misturando house music com batidas africanas e dialetos locais.
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Gnawa: Marrocos. Música ritualística com raízes na tradição sufista e influências da África Subsaariana.
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Jùjú: Nigéria. Gênero popular do povo Yoruba que utiliza tambores tradicionais e instrumentos elétricos.
Estilos Musicais: Américas
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Jazz: Estados Unidos (Nova Orleans). Desenvolvido a partir das tradições musicais afro-americanas, misturando blues, ragtime e swing.
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Blues: Estados Unidos (sul). Gênero vocal e instrumental que nasceu da experiência de escravos africanos, expressando tristeza e superação.
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Rock and Roll: Estados Unidos. Surgiu nos anos 50, combinando blues, country e R&B.
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Samba: Brasil. Originário do Rio de Janeiro, com raízes em rituais africanos. É um símbolo da identidade cultural brasileira, com diversas vertentes.
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Bossa Nova: Brasil. Fusão do samba com o jazz, com um estilo vocal suave e harmonias complexas.
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Tango: Argentina e Uruguai. Música e dança dramática, que reflete a melancolia e a paixão da vida urbana portenha.
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Salsa: Cuba e Porto Rico. Ritmo dançante que mescla elementos da música cubana (son) com jazz e ritmos caribenhos.
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Cumbia: Colômbia. Gênero folclórico com raízes indígenas, africanas e espanholas.
Estilos Musicais: Ásia
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K-Pop: Coreia do Sul. Gênero pop com produções elaboradas, coreografias e influências do pop, hip-hop e eletrônica ocidental.
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J-Pop/J-Rock: Japão. Abrangem o pop e rock japoneses, com uma estética visual forte.
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Gamelan: Indonésia. Conjunto instrumental tradicional que consiste em percussão (gongos, metalofones) para criar texturas sonoras complexas.
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Música Clássica Indiana: Índia. Inclui os sistemas musicais hindustani (norte) e carnática (sul), com complexas estruturas melódicas (raga) e rítmicas (tala).
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Bollywood Music: Índia. As canções e trilhas sonoras vibrantes dos filmes indianos, que mesclam estilos tradicionais e ocidentais.
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Gagaku: Japão. Uma das formas mais antigas de música de corte imperial do mundo.
Estilos Musicais: Europa
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Música Clássica: Europa Ocidental. Abrange séculos de desenvolvimento, do Barroco ao Moderno, com compositores como Bach, Mozart e Beethoven.
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Flamenco: Espanha. Arte da Andaluzia que combina canto, dança e toque de guitarra, com influências ciganas e mouriscas.
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Fado: Portugal. Gênero musical melancólico, que expressa a "saudade" e o destino.
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Música Celta: Irlanda, Escócia e outras regiões. Caracterizada por danças (jigs, reels), baladas e instrumentos como violino e gaita de fole.
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Klezmer: Europa Oriental. Música festiva das comunidades judaicas, com forte presença de instrumentos de sopro e cordas.
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Música Balcânica: Sudeste da Europa. Conhecida pelos ritmos complexos e assimétricos, vocalizações poderosas e grupos de metais.
Estilos Musicais: Oceania
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Didgeridoo Music: Austrália (povo aborígene). A música ancestral que utiliza o didgeridoo, um instrumento de sopro feito de madeira, em rituais e histórias.
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Ukulele Music: Havaí (com raízes portuguesas). O ukulele se tornou um instrumento símbolo da música havaiana e da cultura local, com ritmos suaves e melodias alegres.
Estilos Musicais: Oriente Médio
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Música Clássica Árabe: Egito, Síria e Líbano. Um sistema modal de escalas (maqamat) com instrumentos como o oud, o qanun e o nay.
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Rai: Argélia. Estilo popular que combina música beduína com influências de pop e rock.
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Música Persa: Irã. Um sistema modal complexo com uma forte tradição oral.
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